28 de abril de 2024 22:44

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Caso Roberto Jefferson: saiba tudo o que aconteceu ontem, 23

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Caso Roberto Jefferson: saiba tudo o que aconteceu ontem, 23

O ex-deputado Roberto Jefferson se entregou à polícia na noite deste domingo (23) após atacar policiais federais e passar 8 horas desrespeitando ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

Faltando uma semana para o 2º turno da eleição, a população brasileira chocou-se diante do ataque frontal e armado do político bolsonarista a policiais federais. Roberto Jefferson reagiu com tiros de fuzil e granadas a uma ordem de prisão decretada pelo STF porque o ex-deputado insistia em desrespeitar as condições impostas para que ficasse em prisão domiciliar.

Dois agentes ficaram feridos e o presidente Bolsonaro repudiou o ataque do aliado. Desde 11h da manhã, a equipe da Polícia Federal chegou à cidade de Comendador Levy Gasparian, interior do estado do Rio. O circuito de câmeras da casa de Roberto Jefferson registrou a presença deles no portão.

Os policiais federais foram cumprir a decisão do STF que nesse domingo (23) revogou o benefício de prisão domiciliar do ex-deputado, determinando que ele fosse novamente levado a um estabelecimento prisional.

A Polícia Federal informou que os agentes não deram nenhum tiro e que a reação de Roberto Jefferson veio depois de ouvir a ordem de prisão. Fotos da PF mostram uma grande quantidade de perfurações no carro, revelando a violência do atentado contra os policiais. Momentos depois do lado de fora da casa, Roberto Jefferson confirma que atirou.

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Caso Roberto Jefferson: saiba tudo o que aconteceu ontem, 23

Além dos tiros, a Polícia Federal informou que o ex-deputado lançou três granadas. Dois policiais ficaram feridos pelos estilhaços da explosão. O delegado Marcelo Vilela foi atingido no peito e no pescoço. A agente Karina Lino de Miranda também sofreu ferimentos em várias partes do corpo. Já à noite, quando ela chegou à sede da PF no Rio, foi possível ver que ela trazia curativos na cabeça, no braço e na perna.

Depois dos ataques, a Polícia Federal recebeu reforços, mas permaneceu ao longo de toda a tarde diante do portão, sem entrar na casa de Roberto Jefferson.

Agentes do batalhão de operações especiais da Polícia Militar do Rio também foram ao local. Enquanto os policiais estavam no portão, quem entrou na casa foi padre Kelmon. O candidato que substituiu Roberto Jefferson na eleição presidencial. Imagens nas redes sociais mostram padre Kelmon passando pelo portão uma arma que teria sido usada por Jefferson no ataque.

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Veja os principais pontos sobre o ataque:

  • Jefferson cumpria prisão domiciliar, determinada no inquérito sobre uma organização criminosa que atenta contra o Estado Democrático de Direito.
  • Ele descumpriu várias medidas da prisão domiciliar, como passar orientações a dirigentes do PTB, usar as redes sociais, receber visitas, conceder entrevista e compartilhar fake news que atingem a honra e a segurança do STF e seus ministros, como ao ofender a ministra Cármem Lúcia.
  • Por causa de todos estes descumprimentos, Alexandre de Moraes revogou a prisão domiciliar e determinou sua volta ao regime fechado.
  • Nesse domingo (23), a Polícia Federal foi cumprir a ordem de prisão e foi atacada por Roberto Jefferson com granadas e fuzil – mesmo que ele não tenha direito de portar arma de fogo. Dois agentes foram feridos. A PF revidou o ataque, mas não invadiu a casa do ex-deputado.
  • Jair Bolsonaro repudiou as ofensas a Cármem Lúcia e a ação armada, mas criticou o inquérito do STF e determinou a ida do ministro da Justiça, Anderson Torres, ao local. A presença do ministro foi um pedido do próprio Roberto Jefferson, informa o colunista Valdo Cruz.
  • Apoiadores de Jair Bolsonaro foram para a porta da casa de Roberto Jefferson e hostilizaram a imprensa que está no local. Um repórter cinematográfico foi agredido por bolsonaristas.
  • Ele se entregou após 8 horas descumprindo a decisão do STF. Ele foi preso por não cumprir as medidas condicionais e também detido em flagrante por tentativa de homicídio.
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