Morreu, na madrugada desta segunda-feira (17), o cantor e compositor João Donato, aos 88 anos. O músico estava internado em um hospital no Rio de Janeiro desde a semana, devido a uma infecção nos pulmões. A informação foi confirmada pela família dele nas redes sociais.
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“Hoje o céu dos compositores amanheceu mais feliz: João Donato foi para lá tocar suas lindas melodias. Agora, sua alegria e seus acordes permanecem eternos por todo o universo”, diz uma imagem publicada no feed do músico. “A cerimônia será realizada no Theatro Municipal do Rio, em horário a ser divulgado brevemente”, acrescenta a legenda.
Trajetória
Nascido em 1934, no Acre, João Donato começou a trajetória musical cedo, estudando piano clássico. Ele se mudou para o Rio de Janeiro no fim dos anos 1940, onde se destacou como pianista, compositor e arranjador, influenciando uma geração de músicos com seu estilo único e pioneiro.
Entusiasta de diversos gêneros, Donato aproximou seu trabalho da bossa nova, do samba, do jazz e da música eletrônica. Sua habilidade como pianista e sua abordagem inovadora lhe renderam reconhecimento e respeito na cena musical. Como resultado, o artista foi parceiro de grandes nomes brasileiros e internacionais, como Tom Jobim, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Astrud Gilberto e Mongo Santamaria.
Sua carreira foi marcada por diversos sucessos, como as canções A Rã, Amazonas, Bananeira e Até Quem Sabe. João Donato também foi um pioneiro na experimentação musical, incorporando sons eletrônicos em suas composições e abrindo caminho para novas possibilidades sonoras.
O talento do acriano foi reconhecido em 2010 com Grammy Latino, na categoria de melhor álbum de Jazz, pelo trabalho em Sambolero, e em 2018 pelo Prêmio da Música Brasileira (2018).
Ele também foi indicado à premiação em 2016, na categoria de melhor álbum instrumental com o álbum Donato Elétrico, e em 2022 na categoria melhor álbum de música popular brasileira, com Síntese do Lance.