O Bolsa Família de 1,2 milhão de beneficiários, que afirmaram morarem sozinhos, teve o pagamento bloqueado pelo governo.
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O aumento muito elevado no número de inscritos no cadastro unipessoal foi registrado de agosto a dezembro de 2022. Essa explosão no número de inscritos levantou suspeita de fraude no programa, principalmente porque foi em um período eleitoral.
“Nós assistimos a um cadastramento explosivo de pessoas que diziam morar só. Um cadastramento que não mostrava a realidade populacional brasileira”, afirma Letícia Bartholo, secretária de Avaliação e Gestão Informação e CadÚnico.
Por isso, o Ministério do Desenvolvimento Social decidiu bloquear o depósito do Bolsa Família para esses mais de 1 milhão de beneficiários que fizeram a inscrição no cadastro unipessoal de agosto de 2022 passado para cá. Quem entrou no programa antes desse período ou se cadastrou como família, não será atingido.
Os beneficiários que tiverem o depósito bloqueado estão recebendo no aplicativo do Bolsa Família e no SMS do celular uma mensagem para procurar o setor do Cadastro Único da cidade onde mora para atualizar as informações até o dia 16 de junho. As informações são do Jornal Nacional.
Quem receber a mensagem deve ir a um posto de atendimento com um documento com foto e comprovante de residência – de preferência uma conta de luz. Se provar que mora mesmo sozinho, terá o pagamento do Bolsa Família retomado, inclusive com o depósito dos meses que foram suspensos.
O Ministério do Desenvolvimento Social alerta que o beneficiário que vive em família, mas se inscreveu por engano no cadastro unipessoal deve primeiro cancelar a inscrição no aplicativo do Bolsa Família e só depois agendar – também pelo aplicativo – uma data para fazer um novo cadastro com as informações corretas no posto de atendimento.
O governo vai ampliar a revisão no Cadastro Único do programa em busca de outras possíveis fraudes para garantir o pagamento do Bolsa Família a quem realmente precisa.
“A atualização do Cadastro Único é para dar mais eficiência. Somente quem está na extrema pobreza ser atendido, garantir ali um repasse. Aqui, nós estamos trabalhando na busca ativa para trazer quem está fora, passando fome. Mas, do outro lado, também tirando quem não tem o direito”, explica Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social.
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