Os problemas gerados pelas extinções de contratos anunciadas pelo governo Mauro Carlesse (PHS) no dia da posse ainda estão longe de ter um final. Na última quarta-feira, 16, profissionais do Hospital Infantil de Palmas que ocupam cargos de direção técnica e coordenação enviaram um documento à Secretaria de Estado da Saúde (SES) informando que deixariam a função devido à falta de profissionais para compor a escala de trabalho.
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No documento, enviado para a Secretaria Estadual da Saúde (SES) e às direções Geral e Administrativa do hospital, as coordenadoras do pronto socorro, Darci Maria Ramos Souza, e da enfermaria, Larissa Nascimento Marques, e a diretora técnica Liana Amorim Machado Moller destacam que em um prazo de cinco dias – que cairá neste sábado, 19, não será possível solucionar a manutenção das escalas de serviços com os números reduzidos de profissionais. “Não seremos coniventes com escalas abusivas de plantão e com ações que venham prejudicar o serviço já estruturado, até porque alguns profissionais que ainda estão lotados neste hospital já por pronunciaram seu descontentamento, e não vão continuar prestando serviço nas condições mencionadas”, explicam.
A pediatria do Hospital Infantil de Palmas, considerado de referência em todo o Estado, conta com os setores de enfermaria, pronto socorro, emergência, diarista, ambulatórios de especialidades em pediatria, Núcleo de Regulação Interna (NRI) e serviço de Assistência às Vítimas de Violência Infantil (Savi).
No início do mês, mais de 3.700 servidores da área da Saúde, entre eles 629 médicos tiveram seus contratos extintos pelo governo. A medida com o intuito de enxugar a máquina pública, culminou em diversas reclamações tanto de pacientes e familiares que precisavam de atendimento nas unidades de saúde do Estado, quando de entidades como o Conselho, regional de Medicina (CRM) no Tocantins e Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (Simed-TO).
A reportagem questionou a SES sobre os problemas citados pelas servidoras, e a pasta informou que está sendo feito um redimensionamento e adequação das equipes existentes nas Unidades de Saúde e caso seja necessário, novas contratações serão feitas. (Colab.: Jornal do Tocantins)