Na tarde desta quinta-feira (23), a Secretaria de Saúde do Tocantins (SES) informou que o paciente que foi diagnosticado com a variante ômicron do coronavírus testou positivo para a Covid-19 há 10 dias.
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Segundo a nota, a amostra foi coletada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Gurupi, com resultado do teste de RT-PCR liberado no dia 13 deste mês.
De acordo com o secretário municipal de saúde de Gurupi, Vânio Rodrigues, o paciente não tinha se vacinado. Ele viajou para Goiânia (GO) no começo do mês de carro e retornou para Gurupi de ônibus. Ele teve fortes dores musculares, tosse e dor de cabeça. O homem teve alta médica no dia 20 de dezembro, antes da confirmação da variante. Ele informou que a prefeitura está tentando conseguir com a empresa a lista de passageiros do ônibus em que ele viajou.
Por causa dos sintomas que o homem apresentava, a amostra foi enviada para sequenciamento genético e a presença da variante foi confirmada nesta quinta-feira (23) pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins (LACEN-TO), em parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT).
A informação da confirmação tinha sido adiantada mais cedo pelo secretário de saúde do Tocantins, Afonso Piva de Santana. O paciente é um homem de 29 anos que vive em Gurupi, no sul do estado. A esposa dele também testou positivo para a Covid, mas ainda não há confirmação sobre se se trata de um caso da variante.
A SES enfatizou que que segue com orientações para que os municípios realizem a testagem dos casos suspeitos. Também orientou os moradores a manterem cuidados pessoais como o uso contínuo das máscaras, higienização das mãos, além de evitar aglomerações e manter o distanciamento.
Ômicron é a variante do coronavírus que apresenta mais mutações, por isso colocou o mundo em alerta. Ela possui cerca de 50 mutações em comparação com o vírus original, das quais 26 são exclusivas, e já apareceu em cerca de 90 países.
Desde que foi detectada em 24 de novembro na África do Sul, os cientistas começaram uma corrida contra o tempo para descobrir se a ômicron (originalmente conhecida como B.1.1.529) é mais contagiosa, mais letal ou capaz de “driblar” o efeito das vacinas.
Estudos recentes sugerem que a variante ômicron é menos agressiva do que a delta. De acordo com os pesquisadores, as chances de uma pessoa infectada pela ômicron ser hospitalizada é 70% menor em comparação com a infecção por delta. Se comparada com as demais cepas, o percentual cresce para 80%.
Apesar disso, o consenso é de que ainda é cedo para tirar conclusões e a melhor forma de prevenir a variante e avançar na vacinação, concluindo o esquema vacinal com a dose de reforço.