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Na última semana, o Comitê de Políticas Monetárias (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic de 6,25% para 7,75% , o maior patamar de juros em quatro anos. No entanto, a ata da reunião, divulgada nesta quarta-feira (03), mostra que o BC cogitou um reajuste ainda maior do que o 1,5 ponto percentual anunciado.
Esse ritmo, entretanto, foi considerado o mais ‘adequado para garantir a convergência da inflação em 2022’. “O Copom considera que, diante da deterioração no balanço de riscos e do aumento de suas projeções, esse ritmo de ajuste é o mais adequado para garantir a convergência da inflação para as metas no horizonte relevante”, informa a ata.
O Copom eleva a taxa básica de juros como uma forma de desestimular o consumo e, assim, desacelerar a inflação . Nas últimas reuniões, a entidade vinha elevando a Selic em 1 ponto percentual. O aumento para 1,5 ponto na última reunião já era esperado pelo mercado financeiro, devido à alta nos preços das commodities e do risco fiscal dado pelo indicativo do governo em furar o teto de gastos .
Na reunião, o Comitê ainda observou que a inflação ao consumidor “segue elevada e tem se mostrado mais persistente que o antecipado”. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) chegou a 10,34% nos últimos doze meses, encerrados em outubro. Em 2021, o Banco Central tinha como meta inflacionária 3,75%, com variação entre 2,25% e 5,25%. Já para 2022, essa meta é de 3,5%, podendo variar entre 2% e 5%.
A ata também reitera que “a discussão da implementação da política monetária” considerou “não somente o cenário básico como também o balanço de riscos para a inflação”.
Para a próxima reunião, prevista para dezembro, o Copom prevê mais uma alta de 1,5 ponto percentual na Selic, que deve chegar a 9,25% até o final deste ano.