Redefinir a Portaria de criação do Grupo Condutor de Saúde Mental da Secretaria de Saúde de Palmas (Semus) e criar grupos de trabalhos que sejam deliberativos. Estes foram alguns dos encaminhamentos feitos durante reunião realizada nesta semana, no auditório da Semus com a participação de representantes da sociedade civil, conselhos de classe, estudantes, professores, trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e do Sistema Único de Saúde (SUS), Segurança Pública, entre outros.
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Segundo a gerente de Saúde Mental da Semus, Dhieine Caminski, as discussões foram bastante produtivas em torno das pautas propostas: ‘Comunidades Terapêuticas e os Novos Rumos das Políticas Públicas sobre Álcool e outras Drogas’ e ‘Protocolo de Saúde Mental e Construção da Classificação de Risco na RAPS – Do Centro de Saúde da Comunidade ao Hospital Geral de Palmas – Repactuando para Fortalecimento da RAPS’.
Comunidades terapêuticas
Sobre as comunidades terapêuticas e os novos rumos da política de álcool e drogas em âmbito nacional e municipal, o encaminhamento foi no sentido de formular uma comissão fiscalizadora dessas instituições que atuam tanto em Palmas quanto no Estado. “Para começar a construir critérios de encaminhamentos para criar uma rede de fato e não como é hoje, uma rede só de encaminhamentos, mas uma rede de articulação” informou Dhieine, complementando que “os profissionais de saúde estão implicados hoje em entender um pouco mais como as comunidades terapêuticas funcionam, e as comunidades terapêuticas também, diante de algumas posições que elas têm e que não ficavam bem claras para a rede.”.
Protocolo e fluxos
Quanto ao Protocolo de Saúde Mental no âmbito do município de Palmas em relação ao fluxo com o Hospital Geral de Palmas, a reunião era para atender uma demanda da Defensoria Pública, porém o hospital não enviou representantes. “Só que foi muito rica a discussão porque as pessoas começaram a entender que não é um protocolo que vai dar vazão para atenção em saúde mental, mas a construção de uma lógica de saúde mental entre os serviços”, ressaltou Dhieine, citando os encaminhamentos: redefinição da Portaria de criação do Grupo Condutor “que precisa ser nomeativa” e a criação de grupos de trabalhos para que sejam deliberativos.
Dessa reunião já saiu o Grupo de Trabalho de Saúde Mental na Atenção Primária e agora vamos conversar com a gestão da Atenção Primária, em nível municipal e estadual, para definir um cronograma de formação para equipes da Estratégia de Saúde da Família e dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf’s). Porque tanto na atenção primária quanto na secundária há uma confusão do que é para cada uma atender, porque o sofrimento mental é tido como algo muito complexo”, ponderou.
A enfermeira Margarete Santos de Amorim que também é docente no Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp/Ulbra) acredita que discussões como essa fortalecem a rede. “Quando os serviços estão bem articulados entre eles, desde a atenção básica até a alta complexidade, isso garante um atendimento de qualidade para os usuários que necessitam principalmente na área de saúde mental”, disse Margarete, que atua como supervisora dos acadêmicos em estágios junto aos Centros de Atenção Psicossocial e Consultório na Rua.
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