A capital do Amazonas, Manaus, está em colapso com o avanço dos casos de Covid-19. Internações e enterros atingiram número recorde, as unidades de saúde estão sem oxigênio e pacientes estão sendo enviados para outros estados.
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Lotados, os cemitérios precisaram instalar câmaras frigoríficas. Para frear o vírus, o governo do estado decidiu proibir a circulação de pessoas entre 19h e 6h na capital.
Em vídeo circulando na internet é possível ver médicos e acompanhantes transportando cilindros nos próprios carros para levar aos hospitais.
https://youtu.be/mSdvlRBlLXM
Uma das razões para o colapso do sistema de saúde é o consumo de oxigênio por pacientes de leitos clínicos, segundo o Coronel Franco Duarte, representante do Ministério da Saúde. “Aquele paciente que não está no leito de UTI é o que consome mais, porque ele fica ao lado do regulador de oxigênio. A sensação é de falta de ar, e você abrindo o acesso ao oxigênio, você tem a sensação de bem-estar, mas, em contrapartida, aumenta muito essa demanda”, disse Duarte.
O Secretário da Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, afirmou nesta quinta-feira (14) que o estado passa por uma crise no abastecimento de oxigênio. Campêlo disse que o Ministério da Saúde, o governo do Amazonas e as Forças Armadas estão trabalhando no apoio logístico para a entrega de oxigênio para a rede estadual de saúde, com o transporte do gás de outros estados para o Amazonas.
“Tivemos um pico de fornecimento e aumento da demanda acima do esperado. Fomos comunicados ontem [quarta-feira] à noite do colapso do plano logístico em relação a algumas entregas, o que causará a interrupção da programação por algumas horas”, afirmou Campêlo, referindo-se ao recebimento do oxigênio.
Segundo ele, a alta demanda surpreendeu um dos maiores conglomerados de gás do mundo, a empresa White Martins.
Segundo governador Wilson Lima, o estado entrou com uma ação na Justiça para que a empresa fornecedora de oxigênio garanta o abastecimento nas unidades de saúde em quantidade suficiente para atender a todos.