A paulista Suzane von Richthofen teve sua gravidez divulgada em setembro deste ano, oito meses após ter progressão para o regime aberto. Antes disso, Suzane já tinha ingressado em uma universidade no interior de São Paulo. Agora, vive com o pai de sua primeira filha em um condomínio na cidade de Bragança Paulista, em São Paulo.
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Suzane estava presa desde 2002 por matar os pais, Manfred e Marísia von Richthofen, e foi solta no dia 11 de janeiro deste ano. Ela cumpria pena em um presídio em Tremembé, no interior de São Paulo. A paulista já estudava, mas, este ano, havia mudado de instituição. Antes de estudar em uma universidade particular de Itapetininga, ela passou por outra instituição, na cidade de Taubaté.
‘Esperta e dedicada’
Suzane von Richthofen é uma aluna dedicada e inteligente, segundo relatos de um jovem que estudou com a paulista no último semestre letivo. Ao GLOBO, o rapaz, que prefere não ser identificado, contou que cursou disciplinas com ela logo que ingressou na universidade, e disse que Richthofen é conhecida por ser excelente aluna.
— Ela sentava na frente, prestava bastante atenção e é esperta. Também é quieta, sentava sozinha, mas tinha algumas amigas nos corredores — conta.
Apesar de quieta, ele conta que ela costuma interagir com professores e demonstra rapidez durante as provas e trabalhos da graduação.
— Ela terminava uma prova em menos de cinco minutos. Todo mundo terminava as provas em uns 40 minutos, e ela em menos de cinco — diz.
Regime aberto e gravidez
Suzane von Richthofen teria criado um perfil no app de namoro “Tinder”, quando ainda estava em regime semiaberto, sem utilizar o emblemático sobrenome marcado pelo assassinato dos pais, em 2002. No aplicativo, era apenas “Suzane”. Não foi por meio dessa plataforma, no entanto, que ela conheceu o pai da criança.
Suzane von Richthofen e Felipe Zecchini Muniz se conheceram em conversas no Instagram, segundo o biógrafo Ullisses Campbell, autor do livro “Suzane: Assassina e Manipuladora”. Eles trocavam mensagens diretas pelo aplicativo e engataram um namoro. Atualmente, moram juntos na casa dele, em um condomínio do município de Bragança Paulista, em São Paulo.
A gravidez de Suzane foi confirmada por pessoas próximas a Suzane e a família do pai da criança, em setembro, segundo Campbell.
— A assassina tem chocado a pacata população local ao fazer caminhadas matinais na calçada do lago Taboão, um ponto turístico do município — disse o escritor.
Como está a vida de Suzane von Richthofen hoje?
Em janeiro de 2023, Suzane passou a cumprir em regime aberto o restante da pena de 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais, ocorrido em 2002. Ela estaria grávida de 14 semanas e, desde estaria morando no interior de São Paulo.
Suzane von Richthofen cursa qual faculdade?
Cursando biomedicina em uma universidade particular de Itapetininga (SP), Suzane apareceu, em junho, na lista de candidatos de um concurso polêmico para o cargo de telefonista da Câmara Municipal de Avaré (SP). De acordo com informações do g1, ela se inscreveu para vaga de telefonista, cujo salário é de R$ 5.626,33.
‘Branca, loira, Direito na PUC’
O contraste entre a figura de Suzane von Richthofen e o perfil construído pelo imaginário social sobre as características de um “criminoso” é um dos fatores que mais chamam atenção do público ao caso, segundo a criminóloga Ilana Casoy, roteirista do filme “A menina que matou os pais — A confissão”.
Sobre o que fala o terceiro filme de Suzane von Richthofen?
Terceiro filme sobre a história de Suzane von Richthofen, a produção retrata o caso acompanhado pela criminóloga desde o início. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Ilana comenta que o fato de ter uma família estruturada, com vida confortável, afastaria Suzane do perfil de criminoso criado socialmente.
— Infelizmente, a figura do criminoso em geral é caricaturada como alguém miserável, com histórico de sofrimento, da periferia. E a descrição não se aplica ao caso da Richthofen. Suzane é branca, loira e estudava Direito na PUC. Sua família era estruturada, a família Cravinhos era de classe média. Esse contraste causa desconforto e desperta curiosidade sobre o que motivou esse crime — diz a roteirista ao Estadão.
Ilana Casoy era estagiária na Polícia Científica de São Paulo, na época do crime. Em 2020, quando os dois primeiros filmes da série sobre a assassina estavam em produção, ela afirmou ao GLOBO que não há “sequer um evento inventado” no roteiro.
— Criamos cenas para ilustrar o que foi dito por Suzane e Daniel — diz Ilana, que participou da reconstituição do crime, foi a única civil no julgamento e é autora do livro “Casos de família: Arquivos Richthofen”. —Não usamos fofoca, “ouvi dizer”. É difícil ganhar ação contra a gente, vão alegar o quê?
— Levei dez anos para perceber que havia duas histórias ali. Mas o Raphael, que tinha 12 anos quando o crime aconteceu e era um papel em branco neste caso, nos fez entender isso — afirma Ilana.
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