Na época da minha infância, quando alguém ingressava em um curso superior, entendia-se que o futuro daquela pessoa estaria já traçado naquela área de atuação, sabemos que hoje não é bem assim, mesmo aqueles que já estão na faculdade ainda não têm certeza se estão em um curso daquele que será seu emprego futuro. E os alunos da educação básica, além de não terem noção de como estruturar seu projeto de vida futuro, ainda lidam com a pressão de terem que dar alguma resposta para a pergunta: “o que você está planejando fazer, qual carreira pretende seguir?”
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Essa questão da escolha de caminhos educacionais e profissionais é realmente complexa e pode gerar muita ansiedade nos jovens. Muitos estão enfrentando a pressão de decidir seus futuros enquanto ainda estão na educação básica, e essa pressão só aumenta quando entram na faculdade. A resposta básica para o cidadão médio sobre essas projeções de futuro é um gigantesco: “Não sei”, porque nem todos têm apenas essa preocupação no seu dia-a-dia, muitos estão engajados em tarefas e atividades diárias de trabalho e estudo (pasmem) o que lhes dá pouquíssimo tempo para fazer reflexões sobre futuro. Existem pessoas hoje com meia-idade tendo crises, por sentirem não estar onde gostariam de verdade.
Há diversos motivos para essa incerteza, não por acaso foi proposta a adição da componente de Projeto de Vida, no novo Ensino Médio, já que não há tempo para pensar no futuro, enquanto você estuda, vamos colocar um estudo sobre pensar no futuro, perspicaz. Mas, há outros fatores a serem considerados, ainda. Primeiramente, o mundo está em constante mudança, e muitas profissões que existirão no futuro ainda nem foram criadas. Isso torna difícil prever quais habilidades serão mais valorizadas. Além disso, há uma ampla gama de opções educacionais e profissionais disponíveis, o que pode ser avassalador para os jovens.
Muitos alunos da faculdade também enfrentam dúvidas sobre se o curso que estão fazendo os levará a um emprego satisfatório no futuro. Isso pode ser especialmente desafiador considerando a rapidez com que as demandas do mercado de trabalho podem mudar. A pressão para ter uma resposta pronta sobre o futuro pode ser esmagadora. É importante lembrar que está tudo bem não ter todas as respostas agora. É fundamental encorajar os jovens a explorar diferentes áreas de interesse, a desenvolver habilidades transferíveis e a buscar experiências práticas por meio de estágios, voluntariado ou projetos extracurriculares.
As instituições de ensino, os pais e a sociedade em geral têm um papel crucial em oferecer suporte emocional, informações e recursos para ajudar os jovens a navegar por essas decisões. A educação vocacional e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais podem ser incorporados ao currículo para ajudar os alunos a se prepararem para um futuro incerto, mas cheio de oportunidades.