O juiz federal João Paulo Abe decidiu manter a prisão preventiva do empresário Franklin Douglas Alves Lemes, alvo da operação Replicantes, da Polícia Federal. Lemes é dono das gráficas investigadas por um suposto esquema de desvio de dinheiro a partir do direcionamento de contratos da Secretaria de Educação.
A Justiça Federal informou que o magistrado entendeu que as acusações de recebimento de vantagens indevidas e de possíveis ameaças a jornalistas são graves. Lemes será levado para a Casa de Prisão Provisória de Palmas.
As audiências de custódia dos outros alvos presos na operação, Alex Câmara e Carlos Mundim, ainda não foram realizadas. Elas devem terminar até o fim desta quarta-feira. Eles são, respectivamente, dono de um site de notícias e ex-chefe de licitação da Secretaria de Educação, Os dois são apontados como prepostos do ex-governador Marcelo Miranda (MDB), que está preso em Palmas.
Segundo a PF, três empresas que mantiveram contratos milionários com o governo estadual estavam ligadas ao empresário Franklin Douglas: a WR Gráfica e Editora, a Copiadora Exata e a Prime Solution. Até o momento não foi possível estimar o valor dos prejuízos causados. As empresas teriam recebido R$ 38 milhões em contratos com o governo.
Ainda de acordo com a PF, o grupo também praticava atos de intimidação contra profissionais da imprensa.