A Polícia Federal iniciou a Operação X-Ray em Gurupi, com o intuito de desmantelar uma rede criminosa acusada de fraudar a Caixa Econômica Federal para retirar milhões de reais destinados a precatórios judiciais. Seis mandados de busca e apreensão, além de sequestro de bens e bloqueio de contas, estão sendo executados nos estados de Tocantins, Acre e Santa Catarina nesta quinta-feira (28).
O esquema
A investigação, que teve a colaboração da CAIXA, revelou que o esquema envolvia três grupos principais: um externo, formado principalmente por advogados que falsificavam documentos necessários para os saques; um interno, composto por funcionários do banco que facilitavam a liberação dos fundos; e um grupo responsável pela lavagem do dinheiro adquirido ilegalmente.
Os envolvidos extraíram um total de R$ 20.861.350,56 de uma agência da CAIXA em Gurupi, dinheiro este que deveria ir para empresas médicas no Rio de Janeiro. Após uma intervenção judicial, a CAIXA conseguiu recuperar R$ 15.330.257,93 desse montante. Entretanto, os prejuízos aos cofres públicos ainda superam os R$ 5 milhões. Além disso, foi descoberta uma tentativa similar de fraude na Bahia, com valores que somam R$ 1.245.000,00.
Os acusados enfrentarão acusações por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a mais de 30 anos de prisão e multas significativas.
O nome da operação, X-Ray, é uma referência à inicial do banco prejudicado pelos saques ilícitos.