Uma mulher de 25 anos, identificada como Lúcia Gabriela Rodrigues Bandeira, foi presa sob suspeita de chefiar atividades de tráfico de drogas e organização criminosa no Tocantins. Segundo a Polícia Civil, Lúcia gerenciava a distribuição de entorpecentes em diversas cidades do estado, controlando pagamentos, dívidas de membros da facção e utilizando imóveis alugados como depósitos monitorados por câmeras de segurança.
A prisão ocorreu durante a operação “Lady’s Fall”, realizada na última terça-feira (10), que também resultou na detenção de outras 11 pessoas. A ação foi coordenada pela 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Paraíso), que apontou o envolvimento do grupo com uma facção criminosa paulista. Mandados de prisão, busca e apreensão foram cumpridos em Paraíso, Palmas, Divinópolis do Tocantins, Porto Nacional, Araguaína e Xambioá.
De acordo com o delegado Antônio Onofre Oliveira, Lúcia comandava uma célula criminosa com apoio de outra suspeita, conhecida como ‘Tempestade’, que seria responsável pelo setor financeiro do esquema. Ambas foram presas durante a operação.
Loja virtual como fachada
Embora Lúcia também administre uma loja virtual de roupas, a polícia suspeita que o negócio era usado como fachada para encobrir suas atividades ilícitas. Apesar disso, a loja não foi alvo direto da operação.
As investigações começaram a partir do aluguel de uma casa em Paraíso. O imóvel, registrado em nome de terceiros, era utilizado como depósito para armazenar drogas, que ficavam enterradas e monitoradas por câmeras de segurança conectadas a membros da facção em São Paulo.
Histórico de prisões e apreensões
Essa não foi a primeira prisão de Lúcia. Em junho deste ano, ela foi detida por tráfico, quando a polícia encontrou mais de R$ 300 mil em entorpecentes em um tonel enterrado na residência usada como depósito. Na ocasião, foram apreendidos haxixe, maconha, pasta base de cocaína e cocaína de alta pureza. Liberada posteriormente, Lúcia chegou a debochar da situação publicando vídeos em redes sociais.
Defesa questiona prisão preventiva
O advogado de Lúcia, Barcelos Filho, informou que está analisando as provas e buscará revogar a prisão preventiva. Segundo ele, a investigação não demonstra que a liberdade da suspeita representaria risco à ordem pública ou a outros critérios previstos no Código de Processo Penal. A defesa também destacou o princípio constitucional da presunção de inocência e disse estar trabalhando para minimizar os impactos negativos na imagem da cliente.
Fonte: G1 Tocantins