A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) comunicou que não haverá cobrança adicional nas contas de luz em dezembro, graças à ativação da bandeira verde. Este anúncio vem após um período de melhoria nas condições de geração de energia devido ao aumento das chuvas, que melhoraram significativamente o cenário desde o último período de tarifação amarela em novembro, onde cada 100 quilowatts-hora (kWh) tinha um acréscimo de R$ 1,88.
As chuvas recentes beneficiaram diretamente a produção de energia hidrelétrica, que possui um custo inferior ao das termelétricas, estas últimas mais utilizadas em épocas de reservatórios baixos. Essa mudança marca dezembro como o primeiro mês sem cobrança adicional desde agosto, quando a bandeira mudou de verde para vermelha patamar 1, uma das faixas mais custosas.
O sistema de bandeiras tarifárias da Aneel, que reflete as condições de geração de energia, impacta diretamente nos custos ao consumidor e na inflação. Com as bandeiras verde, amarela e vermelha, os custos podem variar significativamente. Por exemplo, a bandeira verde não acarreta custos adicionais, enquanto a amarela e as vermelhas patamar 1 e 2 aumentam o preço conforme a escassez de recursos hídricos e a necessidade de acionar as usinas mais caras e poluentes.
O histórico de bandeiras em 2024 revela uma maior frequência da verde até julho, seguida por uma alternância que reflete o período de seca e consequente uso de energia mais cara, influenciando a inflação. Em outubro, a inflação registrou um aumento de 0,54%, impactada em parte pelos custos elevados da energia elétrica. A gestão dessas tarifas é crucial para o governo, que visa cumprir a meta de inflação de 3% para 2024, com uma margem de variação entre 1,5% e 4,5%.