A Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), por intermédio da 6ª Delegacia de Atendimento à Mulher e Vulneráveis – 6ª DEAMV de Paraíso, concluiu nesta terça-feira, 4, o inquérito policial que apurava a prática de crime sexual contra uma adolescente na cidade e indiciou um empresário de 50 anos pelo crime de tentativa de estupro.
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De acordo com o delegado-chefe da unidade especializada, José Lucas Melo, as investigações apontaram que, no fim de setembro de 2022, um empresário conhecido na cidade, aproveitando-se do fato de a jovem pegar o transporte coletivo em frente ao seu comércio, tentou beijá-la.
A tentativa veio como resultado final de uma série de outras condutas inadequadas, que deixaram evidente o interesse do homem na menor. “Até o momento do fato mais grave, o indivíduo já havia passado seu telefone para a adolescente, pedindo que entrasse em contato (o que ela não fez) e aproveitava dos momentos em que ia entregar algum produto para acariciar a mão da jovem”, ressalta o delegado José Lucas. Ao tomar conhecimento do fato, os familiares da vítima procuraram a Delegacia de Polícia que iniciou a investigação.
De acordo com a autoridade policial, por meio de um minucioso trabalho investigativo foi possível colher provas suficientes a fim de proceder o indiciamento do homem. “Durante uma das investidas, o homem tentou beijar a menor à força, aproveitando-se do fato de a vítima ter adentrado ao seu estabelecimento comercial para efetuar uma compra, no entanto, a adolescente conseguiu correr e avisar os pais”, disse o delegado José Lucas.
Já na Delegacia, ao ser ouvido pelo delegado a respeito dos fatos, o indivíduo negou as investidas, dizendo que tudo não passava de um grande mal entendido, porque ele é muito brincalhão. Diante dos fatos, ele foi indiciado por tentativa de estupro. O inquérito foi finalizado e remetido ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para a adoção das providências legais cabíveis.
Alerta da Polícia Civil do Tocantins
O delegado José Lucas destaca que a prática de qualquer ato libidinoso com menores de 14 anos é considerado estupro de vulnerável, delito considerado hediondo e que tem pena de até 15 anos de reclusão.
Por fim, a autoridade policial informa que os pais de menores que façam o trajeto à escola desacompanhados devem manter-se atentos e em constante diálogo com os filhos. Verificando qualquer situação estranha, a delegacia de polícia deve ser comunicada.
“Os pais e responsáveis devem estar atentos às condutas dos filhos, bem como se inteirar dos trajetos que percorrem diariamente a fim de evitar situações que coloquem crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Para isso é necessário que haja um diálogo constante entre pais e filhos para que essa confiança se fortaleça”, ponderou a autoridade policial.
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