A sindicância contra os delegados Wanderson Chaves de Queiroz, Gregory Almeida Alves do Monte e Cassiano Ribeiro Oyama, por supostas infrações administrativas, foi arquivada pela corregedoria da Polícia Civil. Eles eram suspeitos de divulgar informações sobre investigações de corrupção no governo estadual.
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Conforme a portaria publicada nesta terça-feira (5) no Diário Oficial do Estado, não foram encontrados elementos que caracterizem a configuração de infração disciplinar por parte dos delegados.
A sindicância contra os servidores começou em 2019, quando ambos integravam a equipe que investigava funcionários fantasmas no governo estadual. Na época vários chefes de delegacias também chegaram a ser transferidos para outras delegacias.
Wanderson e Gregory ainda foram suspensos por ‘insubordinação’ após entrarem em atrito com o delegado-geral da Polícia Civil por serem retirados da investigação. No mesmo ano a punição foi suspensa pela Justiça.
Desde o fim do ano passado várias sindicâncias que foram abertas contra delegados que investigavam o governo vêm sendo arquivadas por falta de provas. Em março deste ano, delegados que tinham sido transferidos foram devolvidos aos cargos.
O Estado também revogou o manual de procedimentos criado para a Polícia Civil durante o governo de Mauro Carlesse. Na época o texto foi chamado pela categoria de ‘decreto da mordaça’, pois foi usado para investigar delegados que manifestaram opiniões críticas contra a administração.
Investigações
Em outubro de 2021 o governo estadual foi alvo de investigações da Polícia Federal que levaram ao afastamento e renúncia do ex-governador Mauro Carlesse (PSL). As operações investigaram, entre outros fatos, o aparelhamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP) para manter a existência de supostos esquemas criminosos.
A PF apontou que um núcleo de contraespionagem chegou a ser criado na SSP para monitorar o trabalho dos próprios delegados.
No final de 2021, após o afastamento de Mauro Carlesse, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) anunciou a criação de uma força-tarefa para apurar os fatos apontados pela PF. Entre os integrantes da equipe estão delegados da Polícia Civil que foram transferidos de delegacias após atuarem em inquéritos que prejudicaram o governo.
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