O primeiro arcebispo de Palmas, Dom Alberto Taveira Corrêa, atualmente arcebispo de Belém do Pará, é acusado de abuso sexual por quatro ex-seminaristas. Os jovens afiram que Dom Alberto utilizou sua autoridade para investidas sexuais não consentidas em encontros privados. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as suspeitas contra o arcebispo, a pedido do Ministério Público do Pará. O Vaticano também investiga o caso.
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A casa onde vive o arcebispo metropolitano de Belém é o lugar onde ex-seminaristas dizem ter passado por seus piores dias. A menos de um quilômetro de lá, fica o escritório do arcebispo: a Cúria Metropolitana. É lá que os arcebispos, em geral, costumam receber seminaristas para conversar sobre vocação religiosa, uma prática considerada comum na Igreja.
Entre o fim de outubro e o início de novembro de 2020, quatro ex-seminaristas denunciaram abusos nesses encontros privados com Dom Alberto. Eles contam histórias muito parecidas: tinham entre 15 e 18 anos de idade, quando frequentaram a residência do arcebispo de Belém, entre 2010 e 2014.
“Parecia algo inalcançável. ‘Nossa! Eu fui chamado para ir à casa do arcebispo’. Você se sente importante naquele momento”, conta ex-seminarista.
Dom Alberto Taveira tem 70 anos. Foi ordenado padre em 1973, em Belo Horizonte. Em 1991, tornou-se bispo auxiliar em Brasília e, 5 anos depois, tomou posse como primeiro arcebispo metropolitano de Palmas, no Tocantins. Dom Alberto é assistente nacional da Renovação Carismática Católica em nome da CNBB e grão-chanceler da Faculdade Católica de Belém, entre outros cargos.