Após um transformador de energia explodir em Araguaína e deixar a casa de eventos sem energia, o casamento da servidora pública Richelly Machado Lima, de 20 anos, e do fotógrafo Rodrigo Lima, de 26, precisou ser feito à luz de velas. Na hora, os noivos ficaram preocupados mas agora é uma história engraçada de se contar.
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O casamento foi realizado no último sábado (12), em um espaço de eventos, no setor Jardim dos Ipês II. Richelly e Rodrigo namoraram por três anos. O amor cresceu e eles decidiram se casar. Passaram um ano planejando a festa, a decoração, a iluminação, as roupas, o espaço e todos os outros detalhes.
Com a pandemia, eles chegaram a pensar na hipótese de fazer apenas o casamento civil, mas com o afrouxamento das medidas de restrições, decidiram realizar também a cerimônia religiosa. Para isso, convidaram apenas os familiares para não gerar aglomeração.
No dia tão sonhado, Richelly conta que fez o penteado e maquiagem em um salão e depois, como planejado, foi para o local do evento terminar de se arrumar junto com as madrinhas. A cerimônia estava marcada para começar às 16h, quando aconteceu o inesperado.
“Estava me vestindo, quando a luz acabou. Pensei até que voltaria logo. Mas, uma madrinha chegou ao local e disse que o transformador havia explodido. Quando percebi que era grave e que a energia iria demorar a voltar, me desesperei”, disse ela.
O noivo que já estava vestido, apenas aguardando o início do casamento, também não conseguiu segurar o nervosismo.
“No primeiro momento, bateu desespero, querendo ou não, passamos bastante tempo organizando e no momento, aconteceu esse imprevisto. Bateu o pensamento de desistir, casar outro dia. Mas, meu pai chegou e disse: Você chegou até aqui, então levanta a cabeça e vamos até o fim. Você lutou bastante, correu atrás. Não é por causa de uma luz que você vai deixar de completar esse momento maravilhoso”‘, relatou Rodrigo.
Noivos e convidados esperaram por um tempo na esperança de que a energia voltasse, mas resolveram começar o casamento por volta das 18h, antes que o local ficasse completamente no escuro.
“Esperamos, já tínhamos perdido a luz do dia. Não tinha o sol, porque estava nublado, aí falei: tem que ser agora, independente de luz ou sem luz, com energia ou sem, vai ter que ser agora”, disse o noivo.
“Meu tio, então, teve uma ideia de comprar velas. Quando eu entrei, só vi as duas velas que estavam na mesa, colocada no altar. Foi uma mistura de tensão e emoção. Pensei que meu casamento iria ficar conhecido como ‘o casamento que acabou a energia’. Mas, quando eu saí, percebi que tinham várias velas e que havia ficado bonito. Meu tio também colocou uma luz de LED e ajudou nas fotos. Naquele momento, eu fiquei mais tranquila”.
Rodrigo relatou que coincidentemente um tio havia levado uma caixa de som e o equipamento acabou sendo usado para tocar a trilha do casamento. Depois que a cerimônia religiosa terminou, os convidados esperaram por alguns minutos e a energia foi restabelecida. O jantar foi servido por volta das 20h. Os apaixonados se acalmaram e curtiram o momento.
Convidados se divertiram e aprovaram o casamento à luz de velas. Depois da angústia, veio o alívio. “Os convidados falaram até que pareceu um casamento europeu, ficou romântico e deu tudo certo. Foi um casamento maravilhoso, o ambiente ficou bonito. Deus cuida de cada detalhe”, comemorou Rodrigo.
Os noivos falaram que estão felizes e com o coração tranquilo. Não pretendem entrar com ação judicial contra a empresa de energia.
“Depois que chegou no hotel, nós rimos muito da situação. Apesar dos imprevistos, o importante é que estamos bem casadinhos”, disse Richelly.
“É um momento único, preparamos tanto, oramos tanto por ele, acabou acontecendo esse imprevisto, mas virou tudo uma brincadeira e nos divertimos muito O importante é que casamos e que foi maravilhoso”, completou Rodrigo.