A estimativa é que o grupo criminoso, integrado por servidores do Detran Tocantins, despachantes e empresários, pode ter usado documentos falsos para emplacar cerca de 200 veículos roubados em outros estados. A informação é do delegado Rossílio Souza Correia, titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos Automotores.
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O esquema criminoso veio à tona após a operação Dolos realizada nesta quarta-feira (12) pela Polícia Civil e pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual e pela Polícia Civil, com o apoio da Polícia Militar. Para os investigadores, os detidos integram uma organização criminosa suspeita de emitir documentos falsos para ‘legalizar’ carros roubados e furtados, para depois vender.
Estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão em Araguaína, um em Tocantinópolis e um em Wanderlândia, cidades localizadas na região norte do estado. Também há 12 mandados de busca e apreensão. Além disso, a Justiça autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados.
“Foram cumpridos seis mandados de prisão até o momento, 10 mandados de busca domiciliar, inclusive em órgãos públicos, como o Ciretran de Tocantinópolis. Há ainda um mandado para cumprir”, informou o delegado.
Em nota, o Detran disse que a direção do órgão contribuiu com as investigações e que a investigação é sigilosa e o órgão não pode fornecer informações.
Informou ainda que continua à disposição para mais informações e que não compactua com atividades ilícitas desenvolvidas seja por servidores ou empresários e despachantes que trabalham junto ao Detran-TO. “Caso seja comprovada a participação de algum servidor no esquema investigado, o Detran-TO informa que tomará as medidas administrativas cabíveis”, destacou.