Uma outra doença tem preocupado as autoridades de saúde no Brasil: a Febre do Oropouche (FO). Essa enfermidade é originária da região amazônica, mas recentemente um morador do Rio de Janeiro, de 42 anos, contraiu a doença após uma viagem ao estado do Norte.
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Este ano, o estado já contabiliza 1.398 casos confirmados da febre, um aumento significativo em relação ao ano passado (número três vezes maior). Portanto, há a suspeita de que o paciente tenha “importado” a doença, ou seja, contraído a FO durante sua estadia no Norte do país. Apesar disso, profissionais de saúde alertam que a possibilidade de um surto da doença em todo o país – ou até mesmo no Rio de Janeiro – é bastante baixa neste momento.
A doença
Febre é uma doença viral transmitida por mosquitos e recebeu esse nome devido ao rio Oropouche, local onde foi identificada pela primeira vez, em 1961. Desde então, casos esporádicos da doença têm sido registrados em diversas regiões do país, principalmente durante os meses mais quentes e chuvosos.
Transmissão da doença
A transmissão da Febre do Oropouche ocorre principalmente pela picada do mosquito-pólvora, pertencente ao gênero Culicoides. Esses mosquitos são comuns em áreas rurais e de vegetação densa, onde encontram condições ideais para se reproduzir e se alimentar. Uma vez infectado, o mosquito pode transmitir o vírus a humanos e outros animais, como macacos e roedores.
Sintomas
Os sintomas da Febre do Oropouche são semelhantes aos da dengue e da febre chikungunya, o que pode dificultar o diagnóstico correto da doença. Os principais sintomas incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, náuseas e vômitos. Em casos mais graves, a doença pode evoluir para complicações neurológicas, como meningite e encefalite.
O que fazer
O tratamento da Febre do Oropouche é sintomático, ou seja, visa aliviar os sintomas e prevenir complicações. Não há um tratamento específico para a doença, sendo recomendado repouso, hidratação e uso de medicamentos para controle da febre e das dores. Em casos mais graves, pode ser necessária a internação hospitalar para monitoramento e tratamento adequado.
A prevenção da Febre do Oropouche envolve medidas simples, como o uso de repelentes, roupas que cubram a maior parte do corpo, telas em janelas e portas, e eliminação de criadouros de mosquitos. Além disso, é importante evitar áreas de mata e vegetação densa durante os períodos de maior atividade dos mosquitos transmissores.