O governo de Israel declarou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como “persona non grata” após o presidente comparar ações de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus na Segunda Guerra. O termo indica que Lula não é mais bem-vindo como representante oficial estrangeiro em Israel.
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O professor Tanguy Baghdadi, especialista em Política Internacional, explicou que essa designação pode resultar na recusa de uma eventual visita de Lula a Israel. O termo foi descrito no artigo 9 da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas e é de cunho juridíco para tratar de relações internacionais.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, considerou a comparação feita por Lula como um “grave ataque antissemita” e afirmou que ele é “persona non grata” até que peça desculpas e se retrate, conforme sua postagem nas redes sociais nesta segunda-feira (19).
Lula fez a comparação ao classificar a resposta de Israel na Faixa de Gaza como “genocídio” e “chacina”. A afirmação gerou críticas de autoridades israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que considerou a comparação ultrapassando uma “linha vermelha”. A situação levou à convocação do embaixador do Brasil para discutir o assunto.
A polêmica envolveu também a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), acusada de estar envolvida no ataque do Hamas em Israel. Dez dos principais países financiadores da UNRWA suspenderam temporariamente suas doações após a acusação de envolvimento com atividades militares do Hamas. A agência, criada em 1949, oferece serviços a palestinos em diversas regiões, incluindo Gaza.
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